Celebrado no último dia 08 de Dezembro de 2015, e
proclamado pelo Papa Francisco, através da Bula Misericordiae Vultus, de 11 de
Abril de 2015, estamos vivenciando o Ano Santo do Senhor, com o Jubileu
Extraordinário da Misericórdia.
- Mas o que significa este Ano?
- O que é celebrar o Jubileu?
- Como vivenciar este jubileu?
São estas questões que nos vem a cabeça quando falamos e/ou
ouvimos sobre este Ano Santo da Misericórdia. Para isso podemos conferir na
íntegra o texto escrito pelo Papa Francisco na Bula Misericordiae Vultus (Confira
o link).
Viver o Ano Santo significa entrar em sintonia com a Boa
Nova de Cristo, que não vem apenas proclamar a libertação material do homem,
mas a sua libertação plena (1 Tes 5,23), em corpo, alma e espírito. Cristo
proclama ao mundo a Misericórdia do Pai que atinge toda a realidade humana. Por
isso, viver o Ano Santo é um ato de buscar a aproximação da Misericórdia de
Deus, a fim de que possamos não apenas ser tocados pela misericórdia, mas também
sermos sinais da misericórdia para nosso próximo que mais necessita.
O Jubileu é uma celebração propriamente judaica, onde era
celebrado um Ano Sabático, a cada 50 anos. Durante
este ano os escravos eram libertados, restituíam-se as propriedades às pessoas
que as haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as terras deviam permanecer sem
cultivar e se descansava (Lv 25,8-17). Como a Tradição Católica segue na
construção histórica judaico-cristã, traduz-se este ano em um período onde são
concedidas indulgências aos fiéis que procurarem vivenciar este período em
sintonia com a Igreja.
O Ano Jubilar pode ser ordinário ou extraordinário, onde é chamado ordinário se
obedeça a disposição temporal do período de 50 anos (o último Ano Jubilar foi
proclamado por S. João Paulo II, por ocasião do ano 2000, para comemorar o 2º
milênio do nascimento de Cristo). Porém, a Igreja, conforme as necessidades
temporais, poderá proclamar um Ano Jubilar Extraordinário. O ponto mais
importante de toda a celebração destes jubileus é o fato de que se faz um
chamado para aprofundarmos nossas relações com Deus e com nosso próximo. Cada
Jubileu é uma oportunidade para alimentar a fé e renovar o compromisso de
ser um testemunho de Cristo, constituindo-se um convite à conversão.
O primeiro ano jubilar foi convocado em
1300, pelo Papa Bonifácio VIII. Estabeleceu-se que os seguintes jubileus se
comemorassem a cada 25 anos, com o objetivo de que cada geração experimente
pelo menos um em sua vida. Por isso, o Ano Santo proclamado pelo Papa Francisco
é um Jubileu Extraordinário.
Explicação da Logo

A cena é colocada dentro da amêndoa, também esta figura
cara da iconografia antiga e medieval que recorda a presença das duas
naturezas, divina e humana, em Cristo. As três ovais concêntricas, de cor
progressivamente mais clara para o exterior, sugerem o movimento de Cristo que
conduz o homem para fora da noite do pecado e da morte. Por outro lado, a
profundidade da cor mais escura também sugere o mistério do amor do Pai que
tudo perdoa.
Concluímos esta notícia com as palavras do Santo
Padre, em sua Bula:
Jesus Cristo é o rosto da
misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a
sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em
Jesus de Nazaré. O Pai, "rico em misericórdia" (Ef 2,4),
depois de ter revelado o seu nome a Moisés como "Deus misericordioso e
clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade" (Ex34,
6), não cessou de dar a conhecer, de vários modos e em muitos momentos da
história, a sua natureza divina. Na "plenitude do tempo" (Gl 4,
4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de salvação, mandou o
seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu
amor. Quem O vê, vê o Pai (cf. Jo 14,
9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa, Jesus de Nazaré
revela a misericórdia de Deus. (Dei Verbum, nº 4)
Para mais informações sobre como viver o
ano da misericórdia acesse o portal http://www.im.va/.
Oração
Senhor
Jesus Cristo,
Vós que
nos ensinastes a ser misericordiosos como o Pai celeste,
e nos
dissestes que quem Vos vê, vê a Ele.
Mostrai-nos
o Vosso rosto e seremos salvos.
O Vosso
olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro;
a
adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura;
fez Pedro
chorar depois da traição,
e
assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido.
Fazei que
cada um de nós considere como dirigida a si mesmo as palavras que dissestes à
mulher samaritana:
Se tu
conhecesses o dom de Deus!
Vós sois
o rosto visível do Pai invisível,
do Deus
que manifesta sua omnipotência sobretudo com o perdão e a misericórdia:
fazei que
a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, seu Senhor, ressuscitado e na
glória.
Vós
quisestes que os Vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza
para
sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro:
fazei que
todos os que se aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e
perdoados por Deus.
Enviai o
Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a sua unção
para que
o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor
e a Vossa
Igreja possa, com renovado entusiasmo, levar aos pobres a alegre mensagem
proclamar
aos cativos e oprimidos a libertação
e aos
cegos restaurar a vista.
Nós Vo-lo
pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia,
a Vós que
viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos.
Amém.
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